Relação entre a saúde das gengivas e o envelhecimento
A doença periodontal está associada a distúrbios por todo o corpo, incluindo doenças cardiovasculares, pulmonares, renais, ósseas ou mentais, como o Alzheimer.
A boca é “um potencial reservatório de bactérias com capacidade de promover doenças intestinais.
A doença periodontal afeta mais de 70% das pessoas com mais de 65 anos.
Os dentes e as gengivas que não são saudáveis podem causar distúrbios em praticamente todas as partes do corpo. A ligação mais direta é o efeito da doença periodontal no microbioma oral, a comunidade natural de micróbios que vivem na cavidade oral. Quando saudável, o microbioma oral apoia e protege as membranas mucosas delicadas e a superfície dos dentes.
No entanto, uma higiene oral inadequada, bem como uma alimentação e estilo de vida inadequados, medicamentos e doenças, podem alterar este equilíbrio microbiológico delicado.
O desequilíbrio microbiano resultante, muitas vezes designado disbiose, permite o crescimento excessivo de organismos patogénicos (causadores de doenças) na cavidade bocal.
Consequentemente, causa estragos no sistema imunológico normal e cria um ciclo vicioso que pode ter efeitos adversos sobre outros sistemas do corpo, causando problemas de saúde em partes do corpo mais longe da boca.
Para evitar estes efeitos, os cientistas realizaram uma extensa pesquisa sobre os probióticos, e finalmente identificaram duas estirpes de bactérias que podem parar este processo em duas frentes:
- Streptococcus salivarius M18, que mata as bactérias orais nocivas e ajuda a reequilibrar o microbioma oral, e
- Lactobacillus plantarum L-137, que aumenta a função imunológica oral e promove a cura.
Enquanto algumas bactérias protegem os dentes e gengivas, outras bactérias e micro-organismos causam cáries e doenças periodontais. Estas últimas, decompõem os compostos alimentares designados hidratos de carbono fermentáveis, produzindo subprodutos, tais como o ácido lático e outros ácidos orgânicos que promovem a desmineralização do esmalte e da dentina. Este amolecimento do esmalte está na origem do desenvolvimento da cárie dentária.
Em determinadas circunstâncias, as bactérias nocivas excretam uma substância semelhante à cola que ajuda a formar uma biopelícula, vulgarmente designada placa. Esta placa é uma agregação viva de várias bactérias e fungos que adere à superfície do esmalte dos dentes. Esta biopelícula é a raiz da doença dental.
Com o passar do tempo, a placa endurece e adquire vários minerais, passa então a momento designar-se tártaro.
A gengivite ocorre quando a placa dental estimula uma resposta imune nos tecidos moles em torno dos dentes, fazendo com que as gengivas fiquem inchadas, irritadas e chegando mesmo a sangrar muito facilmente.
Se não for tratada, a gengivite pode progredir para periodontite, uma condição em que determinadas bactérias destroem as estruturas de suporte dos dentes, o que, em última instância, pode levar à perda do dente.
As investigações mais recentes lograram demonstrar que a doença periodontal tem consequências de grande alcance que se propagam à maioria dos sistemas do corpo, em grande parte como resultado de alterações inflamatórias e outras interrupções na via de sinalização em todo o corpo. A doença das gengivas está associada a transtornos do cérebro, coração, pulmões, rins, fígado, ossos e vasos sanguíneos, sendo que qualquer um deles pode promover o envelhecimento e afetar a nossa esperança de vida.
A escovagem mecânica quebra a biopelícula, em certa medida, e com a lavagem e utilização de fio dental, ajuda a eliminar os hidratos de carbono fermentáveis. No entanto, é possível fazer ainda mais para combater o que é essencialmente um inimigo bacteriano.
A boa notícia é que reequilibrar o microbioma oral pode reduzir a placa carregada de bactérias, resultando em reduções significativas na inflamação por todo o corpo.
Isto significa que melhorar a saúde dos nossos dentes e gengivas é fundamental, não só para estas estruturas orais, mas também para a preservação da nossa saúde em praticamente todos os sistemas do corpo.
Em conjunto, estas duas estirpes probióticas benéficas descritas neste artigo reequilibram o microbioma oral e aumentam a imunidade por via oral. Os cientistas mostraram que isto, por sua vez, inibe a doença periodontal e protege a saúde geral do corpo.
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