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Quais são os fatores do sucesso da acupunctura?

A acupunctura é uma das técnicas que fazem parte da medicina chinesa, juntamente com a moxabustão, as ventosas, a tuina e a fitoterapia.

A sua prática consiste em inserir agulhas de aço em determinados pontos de acupunctura, localizados nos meridianos (rede de canais que comunicam e cobrem o nosso corpo). Os meridianos transportam o qi ou energia motriz e geradora que circula pelo nosso organismo e mantém o nosso bem-estar.

Quais são os fatores do seu sucesso?

• Visão geral: A observação do organismo como um todo permite ao acupuntor compreender algumas ligações orgânicas e emocionais que seriam impensáveis na medicina convencional (sem a subestimar, nem deixar de utilizar as grandes conquistas que a mesma proporciona).

Esta visão pode dar sentido a algumas doenças aparentemente distantes e desconexas, que muitas vezes levam o paciente a visitar e a ser tratado por diferentes especialistas, e que a medicina chinesa, cujo objetivo não é tratar os sintomas do paciente, mas ir à raiz do que os causa, trata como um todo, evitando recaídas. Sintomas tão diversos como asma, fezes secas e eczema ou enxaquecas, ovários poliquísticos e acne, insónias, afrontamentos e mucosas secas apontam todos para a mesma causa. Desta forma, o doente melhora não só a doença que o levou à clínica, mas também o seu estado geral.

• Individualização, observação e escuta: Observar a expressão do paciente, o tom da pele, observar a língua, perguntar se há alterações no repouso, na pele, na cor da urina, na digestão, na menstruação, e ter em conta a situação de vida atual do paciente, o stress, bem como palpar o pulso do paciente (instrumento de avaliação fundamental na medicina chinesa) é essencial para um tratamento individualizado.

• A medicina chinesa não é apenas uma técnica, é uma arte. Para tratar a partir da raiz, é necessário que o acupuntor aprenda a “pensar em chinês” e integrar os conhecimentos teóricos e filosóficos de forma vivencial em si mesmo, favorecendo uma maior clareza para observar e inter-relacionar o que se passa com o paciente e tratá-lo de forma global.

• Ausência de efeitos secundários. O máximo que podemos encontrar é uma ligeira dor ou nódoa negra no local onde as agulhas foram inseridas.

Estes fatores asseguraram a sobrevivência da medicina chinesa até aos nossos dias, sendo cada vez mais utilizada no Ocidente devido à sua eficácia comprovada no tratamento de muitas disfunções.

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